Não sou uma telespectadora assídua de
programas de TV.
Entretanto, sou conectada e procuro me
manter informada com diversos assuntos.
Aprendi a importância de estar sempre me
atualizando, durante a faculdade de Psicologia e também na época em que fazia
análise. Minha terapeuta dizia que como profissionais, nós precisávamos estar
em dia com as notícias, mesmos as mais populares ou aquelas que não faziam
parte do nosso repertório diário. Isso era fundamental para entender o
funcionamento mental de nossos clientes.
Pensando nisso, escolhi tecer minha opinião
acerca do BBB 17.
A ideia de reality show, não deixa de ser interessante, se avaliada sob a
ótica da compreensão das relações humanas.
É o tipo de programa que serve para
retratar a convivência e como as pessoas se posicionam para garantir chegar à
final e conquistar o prêmio.
Como telespectadores, formamos nossa
opinião baseada no que assistimos, ou na edição realizada pelo programa e
acreditamos ter o poder de controlar quem merece ser o (a) vencedor (a).
Enquanto lá dentro existem os conflitos
entre os participantes, aqui fora, há a angústia e torcida pelo nosso (a) favorito
(a).
Deixando de lado as peculiaridades e
características próprias de um reality show, talvez o maior aspecto a se levar
em consideração é justamente a questão de quem seja realmente o grande vencedor
de um programa como esse: a estrela que brilha a qualquer custo ou a pessoa que
mantém seus valores e caráter intactos?
Seria óbvio responder que a segunda
opção é a correta.
Todavia, não é assim que geralmente
acontece...
Li hoje (e concordo) que: “A verdade não
pode nunca ser tratada como uma questão de merecimento, porque ela é sempre uma
questão de caráter”.
Por essa razão, quando vi alguns
comentários sobre quem deveria sair do BBB 17 no 9º paredão, sendo a disputa
entre Emilly e Daniel, dizendo que ele era apenas uma planta e, portanto,
merecia ser eliminado, logo cheguei à conclusão que entre uma planta, que é
inofensiva e uma pessoa que demonstra ser totalmente intolerante, dissimulada e
sem o mínimo de moral, eu preferia manter o Daniel na casa e colocar a Emilly
na rua da amargura...
Ledo engano de minha parte. O Brasil
votou e escolheu exatamente o contrário.
Diante disso, só posso lamentar tamanha
barbaridade...
Para mim, é mais nocivo conviver com uma
pessoa sem caráter e inescrupulosa, do que com alguém que se comporta como um coadjuvante
como disse Tiago Leifer, ao anunciar o resultado do paredão.